Governo federal amplia proibição de produtos de empresa investigada por contaminação para qualquer animal
25/06/2025
(Foto: Reprodução) Segundo Ministério da Agricultura, não é possível assegurar segurança dos produtos da Nutratta Nutrição Animal, destinados a qualquer espécie, com data de fabricação a partir de 22 de novembro de 2024. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) proibiu, nesta quarta-feira (25), o consumo de todos os produtos da empresa Nutratta Nutrição Animal, destinados a qualquer animal, com data de fabricação a partir de 22 de novembro de 2024.
O recolhimento dos produtos da empresa destinados a equídeos já havia sido determinado pelo Ministério no dia 17 de junho. A empresa é investigada pela contaminação que teria provocado a morte de nove cavalos em Indaiatuba (SP), no fim de abril. Entenda abaixo.
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De acordo com a pasta, novas informações sobre lotes envolvidos apontaram falhas de registros e produção e no uso dos ingredientes dos produtos. São elas:
falha de registros de produção e sequenciamento de produção;
falta de separação entre torta de algodão, resíduo de soja e feno, nos silos de matérias primas, impedindo o controle da quantidade adicionada de cada ingrediente na ração;
utilização de resíduo de soja, matéria-prima não constante na lista de matérias-primas aprovadas;
falta de rastreabilidade integral da produção, impedindo a segregação de lotes.
Na decisão, o Ministério afirma que, por conta da constatação dessas "falhas sistêmicas, torna-se tecnicamente impossível assegurar a segregação segura dos produtos por espécie ou por lote".
Ainda segundo o Ministério da Agricultura, já foram registradas 122 mortes de equinos em diferentes municípios dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Alagoas, com relatos adicionais de 36 óbitos ainda não investigados.
Em 100% dos casos analisados até o momento, os tutores informaram que os animais consumiram rações fabricadas pelo mesmo estabelecimento.
O g1 procurou a Nutratta Nutrição Animal para comentar a decisão, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. À época das primeiras mortes, o advogado Diêgo Vilela, que representa a empresa, havia informado que a Nutratta trabalhava na identificação dos lotes e consumidores.
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Reprodução/EPTV
Mortes em Indaiatuba
A primeira morte de equino apurada em Indaiatuba ocorreu em 23 de abril, seguida por outra no dia 30. A partir de então, outros sete animais também morreram.
Um veterinário ouvido pela EPTV, afiliada da TV Globo, explicou que os equinos apresentaram desânimo e alterações hepáticas. A ração e o feno oferecido também foram substituídos.
No dia 19 de maio, uma equipe da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente de Indaiatuba fez uma vistoria no haras onde nove cavalos morreram.
Segundo a pasta, não havia irregularidades no local, e os técnicos apontaram que os animais apresentaram sinais compatívies com intoxicação alimentar.
O laudo preliminar de uma das éguas mortas apontou que ela sofreu uma infecção causada por bactéria.
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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) proibiu, nesta quarta-feira (25), o consumo de todos os produtos apela empresa Nutratta Nutrição Animal, com data de fabricação a partir de 22 de novembro de 2024.
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